House of Heroes
Composta por Tim Skipper no vocal e na guitarra, AJ Babcock no baixo, e os irmãos Jared Rigsby, guitarra/baixo e Colin Rigsby na bateria e formada no início da década de 2000, House of Heroes é uma daquelas bandas que você vicia depois de escutar três vezes. Antes conhecida como No Tagbacks, era originalmente uma banda de puro punk rock, mas sempre revelando uma influência dos estilos clássicos dos Beatles e do Queen. Atualmente a banda cristã faz um rock alternativo que mostra que seus componentes jovens também conseguem fazer um ótimo som mesmo na nova geração de pessoas guiadas pela modinha. Suas músicas têm uma fórmula irresistível de melodias bem feitas, ritmo cativante, harmonia bem empregada (que revela uma ótima combinação de instrumentos e back vocals incríveis que lembra o estilo dos Beatles) e letras inteligentes, criativas com apelos sociais, espirituais e variados como só boas bandas cristãs sabem fazer. O primeiro álbum da banda tinha o nome dela, House of Heroes e tinha músicas com um punk rock light mas sempre com contrastes de altos e baixos vertiginosos, destaque para as faixas “Buckets for Bullet Wounds”, o single “Serial Sleepers”, “Metaphor in Parethesis” e “Angels in Top Hats”. O segundo álbum, What You Want is Now, foi um tanto cansativo por apresentar ritmo parecido em todas as faixas, mas possui faixas interessantes, incluindo uma das versões da música “Mercedes Baby” e um instrumental muito bom. O álbum Say no More, lançado em 2005, é uma extensão do primeiro, com duas faixas extras e contagiantes, The Invisible Hook e You are the Judas of Cheerleading Squad. O último álbum da banda se revelou o melhor trabalho dos quatro garotos, que revelaram um talento nato para fazerem harmonia e ritmo cativante que remete ao rock clássico, mas ao mesmo tempo é algo diferente e moderno. “The end is not the end” é um disco com temática que faz alusões à guerra e tem letras sempre com fundos espirituais ou sociais. Destaque para as faixas “In the Valley of the Dying Sun”, single do album que fala sobre a dependencia do ser humano de Deus e tem um plano de fundo meio western baseado na história de Jacó, o som é incrível e harmônico, com altos e baixos que nos deixam deliciosamente desorientados dentro da melodia que possui trechos suaves e outros mais agressivos e um instrumental invejável. “Code Name: Raven” é um som mais agressivo, com instrumental muito bom e arranjos inovadores, com uma letra sobre guerra e protesto à violência, “By your Side” é a música de onde saiu o título do álbum e tem uma deliciosa melodia lenta no violão, e “If”, uma música com um ritmo animado e gostoso de ouvir, com uma letra metafórica. Recentemente, o House of Heroes lançou 2 EP’s, “The Acoustic End” com duas músicas acústicas inéditas e a versão “unplugged” de “If” e o EP “Meets the Beatles”, que tem três versões dos hits dos Beatles “Can’t Buy me Love”, “It won’t be long” e “Ob-la-di, Ob-la-da”, que mantém a qualidade original das músicas mas com a identidade do House of Heroes bem visível. Enfim, dizer que todas as músicas da banda são maravilhosas é exagero, mas garanto que vale a pena conferir o som que o House of Heroes sabe fazer com maestria e as letras que eles fazem com inteligência e profundidade cristã e social, com mensagens de paz, apelos à consciência, crescimento espiritual, usando de muitas metáforas e figuras de linguagem e muita “rebeldia santa”.
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