Bem vindo ao meu planeta!!!

Vc deve estar se perguntando pq extraterrestre...
Bem... eu me considero um extraterrestre. Isso é multilateral. Quer dizer, gosto de criar coisas que tem varios sentidos. Esse pode ter basicamente dois. 1 - Eu sou estranho. Fato. As pessoas dizem isso e eu concordo. Não sou alguem que faz o que as pessoas esperam. Não nao sou pretensioso a ponto de achar que sou surpreendente haha... sou previsivel! Mas é que... bem... so com o tempo pra saber. 2 - Eu não pretendo morar nesse planeta atual pra semrpe... Vou tirar umas ferias dele em breve. Sou forasteiro aki. Nem tanto na localização geografica, mais no genero de sociedade mesmo.
E sobre o que eu vou escrever aqui?
Um pouco de tudo. tudo mesmo. Mas acho que nao vou conseguir evitar que ele seja 80% religioso (não religião=rótulo, dogma, denominação, mas religião = re-ligação). Enfim. Bem vindo ao meu territorio virtual. Estranho e insólito, mas verdadeiro. A proposito, as vezes esqueço q tenho blog sabe? haha
Até!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Praça. (Quarta-Feira, 02 de Dezembro de 2009)


O Sol levemente escaldante some de vista por trás das nuvens escuras. Belo Horizonte. Eu estou sentado no banco de uma praça úmida pela chuva recente, em frente a uma igreja que fica no meio dela. É um moderno e bonito santuário católico. Eu termino o desenho e olho para cima e ao meu redor, ao som dos Beatles em meu mp4.

Vejo dois casais se beijando. Uma senhora de idade senta para descansar por alguns minutos. Eu a incluo no meu desenho um tanto rascunhado.

Vejo pessoas de todo tipo. No playground algumas crianças brincam. Estão matando aula de uma escola próxima. Lamento não ter levado a câmera. Teria capturado momentos únicos.

Um pequeno pombo negro passa na minha frente, tranqüilo e sereno em sua jornada.

Vejo pessoas indiferentes. A maioria delas alheia à beleza que as cerca. Talvez por que já estão acostumadas. Ou talvez por que não têm tempo para apreciar a beleza.

Tempo.

O tempo, esse valor, talvez o mais relativo de todos os valores. Passa às vezes tão lentamente. Outras vezes ele passa tão rápido que nem sequer percebemos.

Lugar.

A diferença entre o lugar e o tempo é que o lugar é absoluto. Talvez as perspectivas sejam diferentes, mas o lugar é o mesmo. Minas Gerais tem vários lugares bonitos como este, e outros ainda mais belos.

Mas os lugares, por mais belos que sejam, são apenas lugares vazios sem pessoas.

E o tempo, ah, o tempo não passa de um valor desvalorizado sem as pessoas.

Eu imagino o que cada olho que passa por aqui já viu. O que cada ruga, ou falta dela, indica. Percebo que eu posso não saber, mas talvez aquela pessoa desconhecida que passa apressada com o guarda chuva na mão esteja mais ligada à minha vida do que eu posso imaginar.

Existem estudos científicos que dizem que todos os seres vivos estão conectados por uma rede de energia que ultrapassa o espaço e até mesmo o tempo.

Os religiosos concordam.

A Teoria do Caos concorda também.

Mas nós não percebemos. Não conseguimos enxergar.

As gotas começam a cair pouco a pouco até a chuva se tornar incômoda para quem não quer se molhar.

As pessoas que passam abrem seus guarda-chuvas e sombrinhas. Preocupadas. Indiferentes. Tranquilas. Sofredoras. Felizes.

Não sei.

O que eu sei é que de repente me ocorreu que tem que haver algo. As pessoas não podem simplesmente serem selecionadas ao acaso e colocadas onde estão. Tem que haver o tempo. O lugar. E a conexão entre tudo.

Então, enquanto os Beatles imaginam e cantam que a vida continua e que ao através do universo, nada pode mudar o seu mundo, minha mente repete para mim:

Os lugares, por mais belos que sejam, são apenas lugares vazios sem pessoas.

O tempo não passa de um valor desvalorizado sem as pessoas.

E as pessoas não passam de bonecos de barro sem D-s.

Praça Carlos Chagas, BH, 02-12-09

PS.: O desenho foi meio que só um rascunho... mas postei aqui mesmo... depois terminarei.

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